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Agentes da prefeitura fazem varreduras para acabar com criadouros do mosquito
Um dia depois de a prefeitura de São Pedro do Sul anunciar três casos suspeitos de chikungunya, a administração de São Sepé fez o anúncio sobre a possível presença da doença no município, com uma suspeita. Estas são a segunda e a terceira cidades da Região Central a anunciarem possíveis casos de chikungunya. A primeira foi Santiago, que até a última segunda-feira confirmava 11 casos da doença.
Inicialmente, havia dois casos em São Sepé, mas a coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde do município, Cláudia Santos, diz um deles foi descartado na tarde de sexta. A coleta de sangue do outro paciente será feita nesta segunda-feira e amostra será encaminhada ao Laboratório Central de Saúde (Lacen) do Estado. Não há prazo para a divulgação do resultado.
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Apesar de a suspeita ser preocupante para o município, Cláudia reforça que o combate aos focos é a prioridade neste momento, já que a cidade apresenta, pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), a segunda maior infestação da região. O último LIRAa foi feito no começo deste mês.
- Estamos com 6,8% de infestação na cidade, muito alto para o inverno. Em março, que era verão, o momento em que o mosquito mais se prolifera, estávamos com 7,3%. Só ficamos atrás de Santiago na região, que está com mais de 8% - conta a coordenadora da Vigilância Ambiental.
Cláudia diz que a fiscalização faz buscas por possíveis criadouros do Aedes aegypti - transmissor da febre chikungunya, da dengue e do zika vírus -, principalmente em um raio de 300 metros a partir da residência do paciente com suspeita de chikungunya.
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SÃO PEDRO DO SUL
A prefeitura do município informa que está com 3,4% da cidade infestada, segundo o LIRAa também realizado no começo deste mês, e ainda aguarda os resultados das amostras enviadas ao Lacen. Enquanto isso, a fiscalização faz buscas em um raio de 150 metros a partir das casas dos três pacientes suspeitos de estarem com a doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelos resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, entre 1% e 3,9%, é situação de alerta. Acima deste valor, há risco de surto.
4ª CRS diz que auxilia no controle de doenças nas cidades
O titular da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Roberto Schorn, diz que a responsabilidade de combater os criadouros do Aedes aegypti é de cada município, mas o órgão presta apoio às cidades sempre que necessário. Sobre as novas suspeitas de chikungunya na região, Schorn diz que os secretários de Saúde dos municípios foram convocados para uma reunião, e estratégias para reduzir os índices de infestação nessas cidades foram debatidas.
Além disso, o coordenador se mostra preocupado com outros municípios da região, que também apresentam alto risco de infestação:
- Periodicamente, fiscalizamos os municípios e prestamos apoio no que for necessário. Estamos de olho nas principais cidade, como Santa Maria e Jaguari, que também estão com altos índices de infestação. Estas cidades precisam ficar alertas.
COMO COMBATER
- Colocar areia, até a borda, no pratinho dos vasos de plantas
- Caso tenha acumulado água nos pratinhos de plantas, mesmo com areia, é preciso lavá-lo com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana
- Em caso de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, com muita atenção à parte de dentro, com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana
- Lavar com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes e outros. Principalmente dentro dos recipientes
- Embalar todas as garrafas pet e de vidro vazias que não for usar
- Garrafas de vidro não descartadas devem ser guardadas de boca para baixo
- Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias
- Manter os sacos de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana
- Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas
- Manter a caixa d'água sempre fechada com tampas adequadas
- Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada
- Não jogar lixo em terreno baldio
- Não descartar inservíveis (sofás, geladeiras, máquinas de lavar roupa e outros) na rua ou em terrenos baldios
- Não deixar a água da chuva acumulada
- Manter bem tampados tonéis e barris
- Entregue pneus velhos aos serviços de limpeza urbana. Caso realmente precise mantê-los, guarde-os em local coberto